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Chamada número sobre parentalidades Horizontes Antropológicos



Recebimento de artigos até 30 de setembro de 2024




Organizadoras

Patrice Schuch (Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Porto Alegre – Brasil)

Carla Villalta (Universidad de Buenos Aires – Buenos Aires – Argentina)

Fernanda Bittencourt Ribeiro (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – Porto Alegre – Brasil)

Fernanda Cruz Rifiotis (Ecoles des Hautes Etudes en Sciences Sociales – Marseille – França)

 

O termo parentalidade, que ganha visibilidade nas ciências sociais nos anos 1990, remete ao exercício da função parental. Embora, seja frequentemente utilizado para se referir às funções parentais educativas, abarca um conjunto de processos e práticas que vão desde a concepção à colocação de uma criança no mundo. Diante de novos arranjos familiares, tais como as famílias adotivas e famílias que recorrem à reprodução assistida, a parentalidade permite reconhecer posições e funções parentais que podem ser assumidas por pessoas que não possuem necessariamente o estatuto jurídico de “pai” e “mãe”. Tendo em vista sua história e a diversidade dos seus usos, tal termo permite revelar as transformações contemporâneas do estatuto de “pais”. A parentalidade também permite problematizar as diferentes formas e sentidos do cuidado, bem como o leque de agentes implicados nas múltiplas relações/práticas de cuidar. Com frequência essas formas múltiplas de cuidado se tornam objeto de disputas e de julgamentos morais, sobretudo quando são atravessadas pelas tecnologias de governo. Assim, por exemplo, temos assistido um número crescente de casos de mães cujo exercício da função materna e, portanto, das suas práticas de cuidado, são postas em xeque, culminando na perda da guarda dos seus filhos. Ao mesmo tempo, vemos mães se organizando em grupos para reivindicar a guarda das suas crianças e o direito de serem mães.

No presente número pretendemos reunir trabalhos que tragam para o primeiro plano das análises os diversos arranjos das parentalidades contemporâneas (pluriparentalidades), sobretudo como essas se tornam centro de disputas pelos sujeitos e também como as crianças e adolescentes participam destes processos. Seguindo tal perspectiva, a proposta deste número é congregar pesquisas etnográficas recentes que suscitem discussões teórico-metodológicas em diferentes contextos nacionais e internacionais, abarcando: formas plurais de família e suas relações de interdependência no cuidado; famílias gays e lésbicas; adoções (domésticas, internacionais, de difícil colocação); busca ativa em processos de adoção, políticas de entrega voluntária de crianças para adoção, retirada dos filhos de mães em situação de pobreza, reivindicação da guarda dos filhos (movimentos de mães), apropriação de crianças, demandas judiciais sobre tripla filiação, busca de origens, famílias recompostas após divórcio, etc.


Chamada completa em:








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